Monday, May 6, 2013

AGRESSIVIDADE E VIOLÊNCIA - Relações de Amor e Ódio

                                                 

    Ciúmes, desconfiança, consumo excessivo de álcool e drogas, abstinência e traumas; são alguns dos desencadeadores de reações de violência contra a mulher.
    "Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher". Qualquer casal tem divergências, mas quando a violência entra em jogo, esse sigilo deve ser quebrado. O número de casos de mulheres agredidas vem aumentando, a faixa etária diminuindo.
   Entre namorados, alguns jovens perdem o controle e acabam batendo nas namoradas. O pior é que as moças agem com compreensão. Esse padrão se repete até o dia em que, se não for fatal, vão parar no hospital.
    É quando a família descobre e o sigilo dessa cumplicidade doentia é desvelado.
    Há muitas contradições na cultura popular. Crescemos ouvindo:"Mulher gosta mesmo é de apanhar" ou "Em mulher não se bate nem com uma flor". Dois pesos, duas medidas. Chegamos a ouvir a barbaridade de que alguém matou em defesa da honra. Que honra pode ter alguém que é capaz de matar outro ser humano?
    Os homens também são vítimas da violência doméstica, muitas vezes enquanto estão dormindo. Envergonhados, escondem de todos, amigos, vizinhos e familiares. O muro de silêncio tem que ser rompido, pois nunca se sabe até onde uma pessoa pode chegar. Muitos crimes passionais acontecem em casa.
    O comportamento de homens e mulheres que sofrem abuso dentro do lar é de reclusão e fobia. A velha frase "tomei um tombo" caracteriza a busca por uma desculpa para machucados que ficam visíveis.
    Violência doméstica não se resume a murros e ponta-pés. Gritos, ameaças e escândalos verbais humilham, agridem o psicológico, e quiça causam marcas muitas vezes maiores que as físicas.
    A lei Maria da Penha joga luz sobre a questão, trata o assunto com mais rigidez e oferece garantias para as vítimas da violência doméstica (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm).
    Para quem mora em Lauro de Freitas, a cidade possui órgãos de defesa da mulher, como o Centro de Defesa Lélia Gonzáles, a Delegacia da Mulher, e o Conselho Tutelar. Vale ressaltar que o homem também pode ser acolhido nesses locais e suas denúncias ouvidas.

Eliziane Rosa








Publicado no jornal Bahia Norte - nº 38, setembro de 2010

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