Monday, May 6, 2013

Maconha, o dom de iludir

                                          

    "Que nem pesquisadores nem a população se iludam de que exista indicação terapêutica para utilizar maconha que já seja aprovada pela ciência."
    Durante a minha caminhada profissional enquanto psicoterapeuta atendo famílias que chegam completamente impotentes diante do discurso de sues filhos que fazem uso de maconha, e que embasados em textos encontrados na internet e em outros lugares, constroem verdadeiras teses de que tal droga é uma substancia natural e que não traz risco a saúde.
    Hoje existe uma proposta de se criar uma agência especial para pesquisar os supostos efeitos medicinais da maconha, patrocinada pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD).
    A droga, no caso a maconha, vem sendo usada indiscriminadamente e com seu uso inicial por volta dos 12 anos. Quando descobertos os jovens negam e colocam a responsabilidade em outro (amigo). As escolas não têm uma política de prevenção, e os pais só vão descobrir a gravidade do uso quando já se torna um hábito de rotina.
    "A maconha produz dependência, bronquite crônica, insuficiência respiratória, aumento do risco de doenças cardiovasculares, câncer no sistema respiratório, diminuição da memória, ansiedade e depressão, episódios psicóticos e, por fim, um comprometimento do rendimento acadêmico ou profissional", declara Robim Room (Oxford University)
    Outro dado importante a ressaltar é a contradição que é estar num país das Américas em que houve um aumento de apreensões e consumo da maconha ao mesmo tempo (Relatório Escrito para Agencia de Drogas e Crimes das Nações Unidas). É fundamental ressaltar que as pesquisas de opinião aqui no Brasil apontam para a não legalização da droga.
    A maconha tem um efeito que traz danos para o usuário e para toda a família. Cria crises e discussões e adoece a todos num processo de dependência. Enfrentar o vício de uma substância requer acompanhamento especializado e muito amor, a permissividade não leva a nenhum ganho e quanto antes se buscar ajuda para se resolver este assunto melhor.
    É com grande admiração que vejo a declaração dos profissionais que buscam trabalhar dentro da cientificidade legitima e fundamentada por órgão que tem credibilidade.
    Esta coluna foi escrita respaldada nas declarações do Professor RONALDO RAMOS LARANJEIRA, professor titular de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador do Instituto Nacional de Políticas sobre Álcool e Drogas (Inpad/CNPQ). "ANA CECILIA PETTA ROSELLI MARQUES, doutora pela Unifesp, é pesquisadora do Inpad/CNPQ.







Drª. Eliziane e Dr. Ronaldo Laranjeiras, maior autoridade do país no assunto ligado à Escola Paulista de Medicina, no Encontro de Especialistas em Dependência Química do Uniad, centro de referência em dependência química.

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