Monday, May 6, 2013

Vamos discutir a relação?


Em março escrevi sobre Infidelidade, e recebi e-mails muito interessantes que me levaram a dar continuidade no assunto sob um novo olhar.

Reza a lenda que as mulheres adoram esse tema; mas a realidade é que o incomodado sempre se manifesta primeiro, seja o homem ou a mulher. Surge a constatação de que cedo ou tarde, alguém precisa ceder ou mudar. As caras fechadas, impaciência, desinteresse e até raiva ou agressividade física ou verbal são sinais de um relacionamento marcado pela intolerância.

A comunicação é fundamental para a manutenção de qualquer relacionamento. Mas segundo o livro “Não discuta a relação”, os casais devem buscar a boa conexão, ao invés de uma comunicação falha. Os autores Patrícia Love e Steven Stosny, sugerem que o sentido original da palavra “conversar” vem do latim versare (“virar”, “dar voltas”) e cum (“junto”, “com”). Ou seja, conversar é “dar voltas” junto, como em uma dança. Por isso, a verdadeira comunicação nunca é semântica, apenas com sons e palavras.

Quando a comunicação não tem sucesso é que se busca uma terapia de casal ou individual. Se a “dança” está fora do ritmo, busca-se de alguma forma interromper um ciclo, para acertar o passo.
No início de uma relação amorosa, as expectativas e as idealizações são muitas. Ter a oportunidade de conhecer melhor o companheiro, saber mais sobre seus gostos e como este parceiro lida com as questões do dia a dia é fundamental para o fortalecimento dos laços do relacionamento, onde os pontos divergentes do casal podem aparecer com mais transparência. O importante é ter clareza acerca dos próprios processos emocionais e conduzir uma conversa amorosa que tenha objetivo concreto.

As múltiplas atividades desenvolvidas por homens e mulheres de hoje, às vezes são motivo de grande insatisfação, quando uma das partes fica sobrecarregada. Outra marca da atualidade é a questão financeira. Algumas mulheres ganham mais do que seus maridos, e isso não deve ser um problema, nem motivo de disputa, apenas uma nova configuração familiar.

Calar, tolerar demais, absorver queixas e se deixar oprimir não são atitudes que levam a solucionar os problemas. O ideal é discutir abertamente a relação e não deixar acumular mágoas, ressentimentos, dúvidas e insatisfações. Tenha uma boa conversa para esclarecer problemas do dia a dia. Esse pode ser um grande diferencial na relação.

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