Monday, May 6, 2013

Síndrome do dedo podre

 "Quem nunca teve a sua fase dedo podre que atire a primeira pedra."
    Tem pessoas simpáticas, queridas, até divertidas, bem resolvidas profissionalmente, inteligentes, que buscam terapia com crises de sofrimento e sensação de rejeição extrema. As vezes deprimem decorrente de tantas frustrações. E a pergunta geralmente é a mesma. Porque minhas relações não dão certo? Se todos dizem que sou uma amiga(o) maravilhosa(o).
    Se todos temos uma cara metade, como encontrá-la? E o mais importante, como mantê-la?
    Encontrar um príncipe encantado, está cada dia mais difícil. Acreditar que a máxima "e, viveram felizes para sempre" em meio a tantas decepções fica difícil, mas é possível. O que algumas mulheres e homens descobriram é que não existe ninguém perfeito. Saber lidar com encantos e desencantos é que faz a magia da relação crescer. Então o príncipe pode não ser real, mas o amor existe.
    Aprender a conhecer e tolerar o outro e sempre está disposto a conversar e se entender pode resolver a situação. As brigas e as desavenças, sempre vão existir, mas quando se tem respeito pelo parceiro(a) e pela relação, aprende-se a abrir mão de algumas expectativas para lidar com uma pessoa real.
    As vezes quando você pensa que encontrou o parceiro(a) ideal, começa a descobrir que são totalmente diferentes. Por exemplo: Ele todo pontual e certinho, ela é toda atrapalhada e vive se atrasando...
    Mais uma vez aponta-se o dedo para a pessoa errada! Nessas horas procurar manter o equilíbrio não é nada fácil. A escolha de um companheiro(a) não é uma atitude racional. Mas decidir pela construção da relação muitas vezes sim.
    Fazer coleção de "figurinhas repetidas", cartas e fotos de amores que já acabaram e que na maioria das vezes, não foi uma boa experiência, só faz mal. "Então jogue fora no lixo" as más recordações e fique apenas com o aprendizado, o quanto você amadureceu e cresceu com todas as experiências. E quebre o padrão de comportamento, faça as coisas diferentes. Quando fazemos do amor uma tábua de salvação, mobilizamos fantasias, pensando redimir fracassos.
    É preciso um respeito absoluto pela autonomia do outro - ser capaz de escutar a dor de seu par e entender também que a felicidade do parceiro(a) decorre de uma série de motivos. Ele(a), não fica alegre e feliz só por sua causa! Então, não é fácil. Principalmente para o homem, que gosta de imaginar que sua simples presença torna sua mulher plenamente realizada.
    O homem da minha vida transforma-se na própria razão de viver. Romanticamente, isso pode ser muito bonito, mas na prática, é desastroso, pois se cria uma necessidade doentia desse amor. Afinal, o que nos leva a fazer do amor um holocausto que nos destrói? Para que tornar o amor um altar de sacrifício? Antes de tudo, amor é celebração da vida. Ele não pode ser uma prisão na qual a vida se esvazia e depende do outro. Ninguém tem o direito de exigir que o outro dê sentido à vida. Em nome do amor, fazemos isso todos os dias.
    O sentido de sua vida quem dá é você!

Eliziane Rosa

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