Monday, May 6, 2013

Sexo na adolescência


                                 
    Tomar decisões é difícil em qualquer momento da vida, seja na fase adulta ou na juventude. Mas a caminho da maturidade, a adolescência é uma das fases mais complexas de nossa trajetória humana. Neste período, existe um mundo de probabilidades e opções para se conhecer e experimentar, dentre elas o sexo. Quando o assunto é a sexualidade, aliada a falta de experiência de vida, as dúvidas parecem ser ainda maiores.
    A liberdade tão desejada, por vezes gera conflito, no momento de transição entre a adolescência e a fase adulta. Ocorrem muitas mudanças de comportamento e no decorrer do tempo, a sexualidade tem sido vista de forma cada vez mais banalizada.
    Atualmente, muitos jovens não sabem dizer qual o nome da relação que estão tendo. A dúvida gera confusão e ansiedade. Saber se é "ficante" ou namorado, é uma questão que leva tempo, pois o limiar é tênue, até que a confiança se estabeleça. Neste momento se apresenta a dualidade: seguir os valores que os adultos apontam como corretos, ou assumir os comportamentos adotados pelo grupo com que se relaciona?
    A mídia, muitas vezes contribui para a desinformação sobre sexo e a deturpação de valores. A 'superbanalização' de assuntos sexuais e as relações afetivas, gera dúvidas e atitudes precipitadas. Isso pode levar muitos jovens a se relacionar de forma conflituosa com os outros e também com a própria sexualidade.
    A identificação com grupos se faz necessária para se reconhecer no outro e dentro do contexto que participa. Todos nós temos individualidades que devem ser respeitadas. Então, é importante refletir sobre as atitudes que tomamos, em nossa história pessoal de educação sexual, repleta de estereótipos e concepções. Os conceitos de cada um podem servir de orientação e reflexão para que se tome atitudes mais conscientes.
    Assumir comportamentos apenas para seguir padrões, sem refletir sobre eles, podem trazer consequências desagradável. É importante viver de acorno com os próprios valores, mas sempre tendo consciência das responsabilidades sobre as escolhas que se faz, não só durante a juventude, mas ao longo de toda a vida. Você já pensou sobre isso?

Eliziane Rosa





Publicado no jornal Bahia Norte - Ano IV, nº 47

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